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Carta del Prior General sobre la Beatificación de Fray Mariano de la Mata

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Beatificação do / Beatificación del P. Mariano de la Mata, osa


Carta do Pior Geral da nossa Ordem /Carta del Prior General de nuestra Orden
Aos Irmãos e Irmãs da Ordem Beatificação do Pe. Mariano de la Mata, OSA Roma, 13 de setembro de 2006.
Tenho a satisfação de comunicar-lhes que no próximo domingo, 5 de novembro, acontecerá em São Paulo, Brasil, a beatificação do nosso irmão Mariano de la Mata Aparicio. O Santo Padre designou como seu delegado o Cardeal José Saraiva, Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, para presidir a beatificação. No dia seguinte, segunda-feira, 6 de setembro, o Cardeal Dom Cláudio Hummes celebrará em nossa paróquia de Santo Agostinho a primeira missa do novo Beato.
Nascido em Barrio de la Puebla, Palência (Espanha) aos 30 de dezembro de 1905, o Pe. Mariano de la Mata entrou para o noviciado do Colégio de Filipinos de Valladolid no ano1921, e emitiu sua profissão temporária aos 10 de setembro de 1922 diante daquele que depois seria também beato, o Pe. Anselmo Polanco, bispo mártir de Teruel.
Depois passou ao Mosteiro de Santa Maria de La Vid, para cursar seus estudos eclesiásticos. Quando foi criada, em 1926, a Província da Espanha, Pe Mariano passou a formar parte dela. Emitiu seus votos solenes em 1927, e em 1930 foi ordenado sacerdote.
Depois de um breve período na Espanha, Pe. Mariano foi enviado ao Brasil, onde, durante 52 anos, exerceu seu ministério apostólico e sacerdotal. Exerceu diversas funções ao longo de sua vida, tanto de governo como no campo educativo e paroquial. Destacou-se principalmente como o "mensageiro da caridade", sempre atento aos necessitados, às crianças, aos idosos, visitando os doentes nos hospitais, consolador e caridoso... Sua obra mais significativa foi a assistência às mais de 200 "Oficinas de caridade de Santa Rita", instituições de caráter assistencial muito conhecidas na cidade de São Paulo, mantendo a assistência religiosa e espiritual aos voluntários e colaboradores e buscando recursos para socorrer a todos aqueles que eram necessitados. Foi um homem de profunda oração, muito devoto da Eucaristia e de Nossa Senhora.
Morreu em São Paulo aos 15 de abril de 1983. Em 1997 iniciou-se seu Processo de Beatificação, que agora, felizmente, chega a sua conclusão.
Demos graças ao Senhor, que derrama seu amor sobre todos nós, para que demos testemunho de seu reino, como fez eminentemente Pe. Mariano, e que ele interceda por nossas comunidades e nossa Ordem.
Fraternalmente,
P. Robert F. Prevost Prior Geral

PORTUGUÊS: QUEM ERA O PE. MARIANO?
BERÇO CRISTÃO 31 de dezembro de 1905. No aconchego de uma família eminentemente cristã, nasceu, em Barrio de la Puebla, Palência (Espanha), o menino MARIANO.?Seus pais, MANUEL e MARTINA, foram formando a consciência e educando o filho MARIANO e os outros sete irmãos (três varões e quatro mulheres), semeando com a palavra e o testemunho de uma vida verdadeiramente cristã, a semente da fé e do amor, que seriam depois a essência da vida daquele menino. Nesse ambiente familiar e cristão, não foi difícil surgir a vocação para a vida sacerdotal e religiosa agostiniana; vocação ainda reforçada pelo incentivo dos outros três irmãos varões, que também tinham abraçado a Ordem Agostiniana.
RELIGIOSO AGOSTINIANO O menino MARIANO fez os primeiros estudos de latim na pequena cidade vizinha "Barriosuso de Valdavia". Em 29 de agosto de 1921, ingressou no Seminário Agostiniano de Valladolid, Espanha, completando, assim, o marco agostiniano mais precioso daquela família abençoada.
De ânimo sereno e honesto nas suas atitudes, vive o seu primeiro período de formação em Valladolid, preparando-se para compromissos posteriores. No dia 10 de julho de 1922, realiza a sua primeira profissão. No dia 2 de janeiro de 1926, por meio da profissão solene, se entrega, definitivamente, à Ordem Agostiniana. Em 25 de julho de 1930 é ordenado sacerdote. Estava pronto para iniciar sua missão e coroar definitivamente sua vocação. O Pe. MARIANO era sacerdote e agostiniano. Estava preparado para os grandes desafios que a obediência deveria encomendar-lhe na Espanha e, a partir de 21 de agosto de 1931, em terras brasileiras.
O EXEMPLO ARRASTA O exemplo dos tios, Pe. Hermenegildo, Ir. Tomás, Ir. Baltasar e Pe. MARIANO, penetrou no mais íntimo dos lares das quatro irmãs, de tal maneira que, anos depois, abraçariam também a vida religiosa agostiniana três sobrinhos e três sobrinhas. Como gostava o Pe. MARIANO de viver intensamente essa feliz realidade agostiniana, que tanto enriquecia e unia aquelas quatro famílias! Para os sobrinhos, o Pe. MARIANO era o "TIO". Assim o chamavam os sobrinhos com muito carinho. Dois deles acompanhariam, bem de perto, os últimos momentos da sua vida aqui na terra, vindos da Colômbia e do Peru, onde realizavam o seu trabalho pastoral e missionário, como religioso e religiosa agostinianos.
MENSAGEIRO DO AMOR De caráter firme, mas generoso, espontâneo, desprendido e muito sensível diante da dor; de talante samaritano e autêntico servidor, o Pe. MARIANO terá sua vida marcada pelo AMOR AOS QUE SOFREM. Verdadeiro mensageiro do amor, levará aos doentes o conforto da sua presença e da sua palavra portadora de esperança. Não importavam as deficiências auditivas e visuais que o acompanharam durante muitos anos de sua vida. O amor era mais forte, a caridade o impelia, "a morte não espera" (dizia), a solidão aumenta a dor. Sem preocupação de horários, saía o Pe. MARIANO pela cidade de São Paulo, com seu fusca, sem pensar em riscos, enfrentando desafios, mais animado por uma alegria interior e levando um raio de esperança aos doentes e aos que precisavam do seu amor, assim como o incentivo da sua presença e da sua palavra às Associadas das Oficinas de Caridade de Santa Rita de Cássia.Verdadeiro mensageiro do amor, alegrou muitos lares, confortou muitas vidas, foi portador de esperança para muitos desanimados. Sua maneira de falar e sua figura austera, o carinho que colocava no que realizava e o sacrifício da sua vida, transformada num contínuo ato de amor, fizeram do Pe. MARIANO um verdadeiro apóstolo da caridade.
CORAÇÃO SENSÍVEL A natureza o contagiava. O cultivo e cuidado das plantas e das flores eram seu divertimento. Falava com elas, acariciava suas folhas, se emocionava diantes delas. Cada planta, mesmo a mais raquítica e pouco vistosa, para nós sem valor, era para o Pe. MARIANO, uma exaltação da beleza da criação. Tinha seu jardim no terraço do Colégio Santo Agostinho. Ali estava nos seus momentos de relaxamento. Essa sensibilidade adquiria uma dimensão portentosa quando se tratava da família, dos amigos, dos ex-alunos, dos sofredores, dos mais necessitados. É dificil esquecer aquele momento, quando recém operado de catarata em Belo Horizonte, em visita realizada à Igreja, emocionado exclamou, ao ver a imagem de Nossa Senhora da Consolação: "Estou vendo as suas cores". Acolhia com alegria, se entregava com generosidade, acompanhava com espírito samaritano, servia com o coração aberto. Possuía um coração verdadeiramente sensível.
GRANDES AMORES DO PADRE MARIANO- A Eucaristia- Nossa Senhora- As Crianças- Os Pobres- Os Enfermos
GRANDES PAIXÕES DO PADRE MARIANO- A Natureza- A Família- As Oficinas de Santa Rita de Cássia- As Vocações Agostinianas
PROTETOR DAS CRIANÇAS O beato Pe. Mariano, além de protetor dos pobres e dos doentes, é "protetor das crianças." As crianças tinham necessidade de vê-lo, de brincar e falar com ele. Nos bolsos da sua batina sempre tinha balas e santinhos para distribuí-los entre todas as que o rodeavam; e com esse gesto, sua alegria contagiosa cativava a todas. Seus diálogos com as crianças eram preciosos, se adaptava a seus interesses e participava em suas festas.
O Pe. Mariano foi diretor espiritual da Associação e Oficinas de Caridade Santa Rita de Cássia e fez com que o número das associadas que participavam dos trabalhos aumentasse muito. Só em São Paulo, no ano de 2005, 83 mil crianças foram beneficiadas com as roupas confeccionadas pelas Oficinas de Caridade Santa Rita de Cássia. Sigamos as virtudes do Pe. Mariano e acreditemos na sua intercessão. São muitas as graças concedidas através dele.
ORAÇÃO Ó Jesus, Divino Salvador nosso, que vos comprazeis em exaltar a humildade do coração, dignai-vos glorificar o Venerável Pe. Mariano, que tanto trabalhou para vosso Reino, entre os pobres e humildes. Concedei-me, por sua intercessão, a graça que ardentemente solicito.

Cod.387
9/16/2006